Image and video hosting by TinyPic

BIOGRAFIA DO TORCEDOR ALVINEGRO - Zé Fogareiro

É com imensa satisfação e Alegria que o NÃO SE COMPARA inicia o projeto BIOGRAFIA DO TORCEDOR ALVINEGRO, uma série de entrevistas com torcedores Botafoguenses, e pra começar trouxemos um torcedor ilustre: Zé Fogareiro.






NSC: Quando e como começou essa sua verdadeira paixão pelo Botafogo?
ZÉ: Ah! Difícil responder assim, Zé, de bate-pronto, de forma simples. Primeiro porque sou de família TODA Botafoguense (pais, avós, tios, primos...). Ainda casei com uma Botafoguense também de sangue puro - daí da pra você imaginar como sou seletivo com os que me cercam... rsrsrsrs. Na verdade a gente não escolhe o Botafogo, nós é que somos selecionados por essa paixão avassaladora. Então, não bastasse o DNA extremamente Alvinegro legítimo, eu ainda sou de Niterói – berço do Fogão nas décadas de 80 e 90 – minhas épocas mais intensas com a Estrela no peito. Eu não faltava nem a treino, o que dirá partidas. Eu respiro Botafogo desde sempre. Enfim, Zé, tudo isso me envolveu ainda mais, e meu laço com o Glorioso está dado de forma eterna. Foooooooogoooooooo!


NSC: Qual a sua maior decepção com o clube?
ZÉ: Ah! Infelizmente ser Botafogo é meio que como a vida, né Zé?! Onde a gente é um pouco mais carregado nas tristezas, o que tornam as ALEGRIAS ainda mais especiais e inesquecíveis. Pois bem, minha grande decepção com o Fogão foi a Copa do Brasil de 1999. Perder aquele título, no último Maracanã realmente lotado da história, mudou o curso do Clube. Eu fiquei inconsolável. Estava sem dormir naquele domingo de sol escaldante. Eu, e a grande maioria dos mais de 100 mil presentes, estávamos muito confiantes naquele caneco. Zé, ver toda aquela gente sair do estádio muda, de cabeça baixa me fez muito mal. Passei meses tendo pesadelos com aquela passagem. Não desejo aquele sentimento nem ao mulambo mais chato do botequim da esquina. Mas nem aquilo foi capaz de diminuir a chama Alvinegra dentro de mim. Aliás, são nessas derrotas que nos purificamos mais, Zé.


NSC: Quanto à atual gestão administrativa de futebol do Botafogo, qual a sua opinião de torcedor?
ZÉ: Zé, o Botafogo é gerido de forma amadora, empírica e muitas vezes mal intencionada desde sempre, com lampejos de seriedade ao longo da história. Este modelo que aí está é falido e esgotado. Nos trouxe à lama sem piedade. CHEGA! O Botafoguense é proibido de ter medo de um novo formato de gestão. Este sistema vigente não pode continuar. Chega de gente apaixonada, porém incapaz. Precisamos dar boas vindas ao século XXI em General Severiano. Boa intenção não paga mais conta de luz. O Botafogo precisa de capacitação comprovada e o principal: precisa impor metas a serem cumpridas para poder cobrar de seus comandados. Não atingiu o objetivo? Dá lugar a outro ou então apresente relatórios que justifiquem a impossibilidade. É assim em qualquer empresa saudável. Por que não pode ser assim num Clube que movimenta 100, 200 milhões por ano? Zé, o Botafogo precisa conhecer o capitalismo definitivamente. Chega de “VP” que só quer vaga pra parar o carro no estádio em dia de jogo, camarote e status de “DIRETOR” pra ostentar em festinhas da própria família. O Botafogo precisa criar processos internos de gente grande. Que ele é, sempre foi e continuará sendo. No que depender de nós.


NSC: Já pensou alguma vez em desistir do Glorioso?
ZÉ: Nunca. Jamais. Impossível. Aliás, podem até tirar este tipo de pergunta da lista pros próximos entrevistados, porque isso é inaceitável pra Botafoguense de verdade. Vamos fingir que não ocorreu essa dúvida, ok, Zé?! Sigamos em frente.


NSC: Costuma ir em todos os jogos?
ZÉ: Sim, na grande maioria, Zé. Meus amigos e familiares já sabem: se tem jogo do Botafogo no Rio de Janeiro, tem grandes chances de eu estar lá. Mas óbvio que, vez ou outra, um compromisso inadiável me impossibilita a presença. Normal. Mas no TODO da temporada, a maioria dos jogos do Fogão tem Fogareiro na arquibancada. FOOOOOGOOOO!

Zé Fogareiro




NSC: Quando e como foi a sua primeira vez no Nilton Santos?
ZÉ: No primeiro jogo nosso lá, Zé, naquela disputa contra o florminense, em 2007, quando o Dodô nos deu a vitória com dois gols. O estádio estava lotado, meio a meio e nós fizemos xixi demarcando território como todo bom cachorro. Foi bom demais. Foi lindo. Sabe aquela sensação de estar entrando num apartamento sem mobília e já imaginar o seu sofá e sua televisão nele? Foi assim. Desde então, aquela é a minha segunda casa.


NSC: Qual foi o jogo inesquecível para você?
ZÉ: Tem muita resposta clichê pra ser dada nessa pergunta, Zé, e eu vou fugir das tradicionais. O jogo da cavadinha do Loco foi bastante emocionante pra mim, pelo peso das três derrotas regressas pro mulambo em finais. Foi muito intenso. Mas sabe quando eu chorei e me emocionei como uma criança que ganha o seu primeiro autorama? Na semifinal da Copa do Brasil de 1999 contra o palmeiras, numa disputa de pênaltis de tirar o folêgo. Era uma noite de muita chuva no Maracanã e eu tocava na bateria da TJB na época. Eu larguei instrumento, camisa e amigos e vivi aquela disputa de pênaltis como se fosse a última da minha vida. Tive quase uma parada cardíaca, no alto dos meus 18 anos. Foi intenso e BOTAFOGO demais! Lembro como se fosse hoje, Zé. FOOOOOGOOOOO!


NSC: Um ídolo do clube que você gostaria de ter visto jogar.
ZÉ: Eu tenho um carinho muito grande mesmo pelo Nilton Santos e acho ele a personificação exata do Botafogo. O cara que mais me representa dentro de campo. Mas, como amante do Botafogo e, por consequência do futebol, Zé, eu queria ter me divertido na arquibancada com o Mané Garrincha. Afinal, ele é o responsável pelo Botafoguense ver o esporte como uma festa. Ele é que fazia a ALEGRIA Alvinegra ecoar e gerar inveja nos adversários. O Garrincha era daqueles que valiam um ingresso só pra ele, com outro valor pro restante. O Garrincha é o Deus do drible. E o Garrincha é BOTAFOGO pra sempre!


NSC: O melhor jogador que você viu jogar pelo clube.
ZÉ: Infelizmente o esporte é impiedoso, Zé. E o melhor e mais marcante sempre é aquele que conquista algo e entra definitivamente pros livros. Respeitando essa premissa, o melhor e mais objetivo jogador que eu vi atuar no Botafogo, de perto, foi o Túlio Maravilha. Ele era fanfarrão, ele fantasiava, mas o principal: ELE FAZIA. Isso o tornou único. Ele não foi o mais habilidoso e nem de longe foi o mais técnico. Mas sem dúvida nenhuma ele foi o mais objetivo e verdadeiro com a bola no pé, que o Botafoguense da minha geração acompanhou até aqui. Não à toa ele me deu uma de minhas maiores euforias futebolísticas da vida, na tarde/noite daquele 17 de dezembro de 1995. Ah! Eu queria morar pra sempre naquele dia, Zé. Viva o Botafogo! Viva Túlio Maravilha!


Blog: www.zefogareiro.com.br
Facebook: https://www.facebook.com/zefogareiro
Twitter: https://twitter.com/zefogareiro
Instagram: https://www.instagram.com/zefogareiro/


Share on Google Plus

About NÃO SE COMPARA

This is a short description in the author block about the author. You edit it by entering text in the "Biographical Info" field in the user admin panel.

0 comentários: