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Dilúvio, garra, golaço e Vitória!

O jogo começou embaixo de um dilúvio que castigava a cidade e deixou o gramado pesado e encharcado em alguns pontos, mas a se destacar a drenagem do estádio Nilton Santos que suportou muito bem o volume de água que caia em curto espaço de tempo. Como todo jogo de competição Sul Americana que se preze, a partida começou disputada palmo a palmo, com entradas mais fortes e sem muito espaço pro adversário respirar, o Botafogo jogava com a mesma raça do Defensa Y Justicia e o que se viu no primeiro tempo foi um jogo de muito vigor, muitas bolas longas e altas, evitando o contato da Bola com o gramado devido a condição do terreno, o que comprometeu tecnicamente a partida mas compensado pelo espírito guerreiro das equipes. O Botafogo foi melhor porém chegou com perigo apenas em dois chutes de fora da área, um com Alex Santana que finalizou por cima da meta e num chute de Marcinho que obrigou o goleiro Argentino a espalmar para fora. 
Erik comemora seu golaço junto com a comissão técnica Alvinegra
Foto: O Globo
No Segundo tempo como a chuva diminuíra o volume, o jogo melhorou tecnicamente e o time Argentino saiu mais para o jogo. A partida ficou equilibrada porém continuou com pouca criação ofensiva. A torcida do Botafogo começou a perder a paciência com alguns jogadores, principalmente o lateral Marcinho que realmente não fazia uma boa partida e o atacante Kieza. Paciência também perdida com a arbitragem do Uruguaio Esteban Ostojich que apitava muito mal, usando critérios diferentes para as duas equipes, marcando faltas em qualquer contato para o time Argentino e mais tolerável quando se tratava do Botafogo. O Defensa Y Justicia jogava para segurar o 0x0 e o Botafogo tentava se impor, porém sem ser perigoso. Zé Ricardo sacou Rodrigo Pimpão, Luiz Fernando e Kieza, para as entradas de Gustavo Ferrareis, Bochecha e Leandro Carvalho. A equipe melhorou o toque de bola, mas sem conseguir furar a defesa adversária. Na reta final a catimba Argentina entrou em cena, com jogadores caindo e retardando o jogo e o juiz aceitando passivamente. Nos acréscimos o Botafogo partiu na base da vontade, aos 47 Carli foi puxado dentro da área e o Juiz nada marcou para desespero dos jogadores e da torcida. Quando o empate parecia ser o destino da partida, eis que surge a jogada da noite. Aos 49 Gatito pega a bola e pede que o time suba com as linhas, em seguida da um forte chute para o ataque até Gustavo Ferrareis que ajeita de cabeça para Erik, que estava até ali apagado na partida. Com uma quebra de asa jogou a bola pra esquerda se livrando do zagueiro e com um chutaço, forte e alto fez a bola descair no ângulo do goleiro Unsain que se esticou todo mas sem nenhuma chance de defesa. Explosão no Nilton Santos, era o Golaço da Vitória, improvável aquela altura mas merecido pela entrega em campo do Botafogo que teve um espírito aguerrido de quem não se entrega e não esmorece por nada.
Ao apitar o fim da partida a sensação foi de dever cumprido pela equipe. A se destacar em especial a atuação do Lateral Esquerdo Jonathan, o baixinho teve mais uma atuação irretocável ganhou todas na marcação e apoiou muito bem. Grata surpresa, já ganhou a vaga no time titular. A Diretoria precisa ficar atenta e amarar bem o contrato do Atleta por que já dá sinais que vai decolar.
A se destacar Rodrigo Pimpão que jogou com muita disposição que é sua marca principalmente nas competições internacionais. Jean e Alex Santana fizeram também uma partida exemplar. 
Os 10 Mil Alvinegros saíram do estádio com o corpo lavado pela chuva e a Alma lavada por uma vitória de um time grande que vem reconstruindo uma bonita história nos torneios internacionais desde a Libertadores de 2017. O Botafogo é outro nessas competições e a torcida já entendeu sua importância nessa reconstrução e ao contrário do que fora dito por gente de dentro do clube ela não abandona o time na pior.
O Botafoguense em sã consciência sabe das limitações da equipe e apesar de exercitar a esperança e a fé em títulos, até por que esse é o papel do torcedor, querer que seu time vença sempre, ele sabe que não dá para alçar voos mais altos, porém a ousadia, a entrega e a raça não pode faltar dentro de campo. E na noite de Quarta foi o que vimos no gramado de nossa casa, um time limitado porém lutador, com pouca técnica mas muita vontade, uma equipe sem glamour mas desejando honrar o manto que veste. Esse é o Botafogo que nós Botafoguenses queremos ver nos dias atuais, se não tem grana, que tenha-se hombridade e respeito com o clube.
Dia 20 tem o jogo da volta e vamos levar uma boa vantagem para a Argentina.

Rumo ao BI!!

Rafael Costa 

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