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Uma ferida ainda aberta

O Botafogo estréia hoje contra o Campinense pela Copa do Brasil e ao falar dessa competição todo Botafoguense inevitavelmente lembrará da Final contra o Juventude no Maracanã lotado com mais de 110 mil Alvinegros, até hoje e para sempre será o maior público da História desse Campeonato, essa marca é Nossa!
Mais de 100 mil Botafoguenses formando um "mar" Alvinegro
Foto: Scoopnest

Porém esse jogo é o maior trauma das últimas gerações. Até hoje ficam aquelas perguntas na cabeça: Como perdemos esse título? Como não marcamos um gol sequer? 
Arrepia só de lembrar desse dia de Domingo, estava com febre nervosa, não dormi quase aquela noite, em qualquer canto da cidade viam-se camisas do BOTAFOGO, nos carros, ônibus, no trem, metrô, a pé, todos os caminhos levavam para o "Maior do Mundo" e chegando no Maracanã era aquela multidão, uma confusão pra entrar, parecia que seria esmagado, isso há uma hora e meia antes do jogo começar, festa ao entrar e aquela procissão de fé na rampa, a confiança era total, chegando lá em cima tentei entrar atrás do gol a direita das cabines de rádio, só que era impossível, pois a massa estava socada, fui então túnel por túnel e me deparava com a mesma situação, até que já quase no outro gol consegui entrar e quando olhei pra arquibancada não dava pra acreditar, meus olhos viram aquele "mar' Alvinegro, aquele frisson, aquela expectativa de um título nacional inédito, foi a coisa mais linda que já vi de nossa torcida, arrepia sempre ao lembrar. Logo em seguida forçamos o policiamento a liberar mais espaço para a massa Botafoguense e empurrar a minguada torcida do Juventude para um canto bem pequeno e espremido da arquibancada. Mas o jogo foi uma frustração total, um Juventude com um ônibus estacionado atrás com os 10 jogadores e toda Caxias do Sul defendendo e o Botafogo precisando ser agressivo, só que fora escalado covardemente por Gilson Nunes com três volantes, ou seja, quase não criamos chances. No Segundo tempo fomos pro desespero mas não deu. Era só um gol, era só uma bola BOTAFOGO!. Foi uma incredulidade total após o jogo, uma tristeza estampada na cara de todo mundo. Estava produzida ali, naquele momento uma ferida que até hoje está aberta e nos machuca. Minha raiva depois foi tanta que ao chegar em casa cometi um dos atos mais insanos como Botafoguense, estava com a minha camisa de 95, arranquei do corpo, a rasguei e joguei no Galinheiro!
Me arrependo de tal ato, mas é uma prova de como aquela perda nos doeu. A cada eliminação da Copa do Brasil vem a tona essa fatídica tarde de 27 de Junho  de 1999, como uma Maldição lançada sobre o Clube. Nossa caminhada na Copa do Brasil de 2019 começa hoje, isso mesmo, quase vinte anos já se passaram. Que o Destino esteja traçado por encaminhar essa Taça para o Palacete de General Severiano.

 Rafael Costa 
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