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BIOGRAFIA DO TORCEDOR ALVINEGRO - Elisa Martins Gloriosa

Elisa Martins, nascida em 04/07/1963 no bairro de Santa Teresa, mas foi criada em
Nilópolis. Elisa Martins Gloriosa como é mais conhecida pela torcida, passou a conhecer e
entender sobre o Botafogo aos 12 anos e a partir disso seu amor em preto e branco que veio
de berço enraizou em sua vida. Elisa é uma frequentadora assídua de estádios até os dias
atuais. Dona de um canal no Youtube, ELISA MARTINS GLORIOSA. Em seu canal ela fala sobre o
Botafogo, jogos, notícias, criticas, sempre relacionado ao fogão com seu jeito irreverente e
descontraído. Elisa é casada a quase 17 anos, seu esposo não é botafoguense, mas a
acompanha, apoia e a incentiva.
"Meu marido sabe que vai ficar sem a esposa, então não teve jeito, passou a ir também"

Seu PAI, infância e o amor pelo Botafogo
Meu pai é mineiro, um botafoguense tradicional, sempre que podia ele ouvia e assistia os
jogos, ele foi um privilegiado viu os grandes craques mundiais jogarem com a camisa do
Glorioso: Garrincha, Nilton Santos, Didi, Gerson, Amarildo, Zagallo, Jairzinho, Fischer e etc... .
Esperando ansiosamente o seu primeiro filho, papai já tinha nome escolhido seria
Marcos. Quando a nossa família se mudou para estar junto da nossa família carioca, veio a
surpresa naquele dia 04 de julho em Santa Teresa, nasceu uma menina e meu pai teve que
mudar os planos.
"Se não for menino, não tem problema! Ela será ainda, muito mais botafoguense"
Disse José Martins a Edwiges Martins (pais de Elisa).
Nasci em uma época recheadas de craques e títulos, mas lembro do meu pai me carregando
nos ombros pra ver esses jogos mas não tinha idéia do que se tratava, só lembro da alegria e
a festa que presenciava, era muito pequena, porém sinto até hoje em minhas lembranças. A
partir dos meus 12 anos que comecei a entender o que era o Botafogo, foi uma época
terrível. Um dos piores períodos vividos pelo clube, porém quando se tem amor e não paixão
você permanece até o fim e foi assim que continuei torcendo para o Glorioso esperando por
dias melhores, títulos e mais ainda ver um título com meu saudoso pai, era um grande sonho
dele. Presenciei a venda da nossa sede em General Severiano e também Marinho Chagas o
maior ídolo do Botafogo naquela época, pelo homem mau, o então presidente Charles Borer,
um tirano que só afundou o clube. Depois da venda da sede passamos assistir os jogos em
Marechal Hermes. Essa época entristeceu muito o meu pai, acostumado com títulos e
glórias. Infelizmente não consegui ver um título com meu pai, ele faleceu com Dengue
Hemorrágica em 1987, nessa época a Dengue era algo novo, a medicina não tinha recursos
avançados para tratamento e eu o perdi, foi duro demais, meu mundo desabou, mesmo
com as desilusões e continuando mais um ano sem títulos, permaneci firme na esperança de
ver um título. Nesse ano já era botafoguense ao extremo e prometi que quando viesse o tão
aguardado título nós íriamos comemorar juntos pois era a minha promessa não importava o
quão simbólico fosse, pois o seu amor me acompanhava e está comigo até hoje.
Em 1989 na final do carioca estava no maracanã e outros ilustres torcedores como Sonja,
Emilinha Borba, Beth Carvalho e etc... com a certeza de que seríamos campeões, só pensava
no meu pai tinha certeza que estava ali comigo. Quando Mazolinha cruzou eu tive a certeza
que era o gol do título e não deu outra Maurício marcou e após 21 anos fomos campeões em
cima de outro time muito superior de jogadores, mais de raça e fé jamais. Nunca chorei
tanto, pois lembrava do meu pai, falava que eu estava com ele dentro do meu peito e
estava dando uma abraço nele com todo o meu amor. Dali fui até a sede, em uma
carreata sem fim, paramos em frente a General Severiano, eu simplesmente fui
levantada por alguém, que até hoje não me lembro quem, e dei um beijo na boca do
manequinho.
No dia seguinte, fui cumprir a minha promessa, fui ao jazigo da família,
levar a flâmula do titulo ao meu pai, afinal aquele título era dele também.
Elisa quando pequenina
Foto: Arquivo pessoal
José Martins grande Botafoguense e Pai herói de Elisa
Foto: Arquivo Pessoal

Sobre Charles Borer
Charles Borer foi presidente por dois mandatos de 1976 a 1981, vendeu a sede histórica de
General Severiano em 1977 para a Vale do Rio Doce na época a empresa era uma estatal
militar que Charles apoiava pois era a favor da ditadura. Saiu como o presidente mais odiado
com a fatídica frase: "Quero é patrimônio". Charles em uma entrevista deixou claro que não
se importava com a torcida, que os torcedores só apareciam na vitória e seu trinfo foi deixar
de patrimônio Marechal Hermes e Caio Martins, obras que custaram milhões e entre outras
obras pequenas. Anos mais tarde a sede de General Severiano foi recuperada por Carlos
Augusto Montenegro.

Família
Sinceramente a muitos botafoguenses na minha família! A grande maioria é, se tiver
alguém que não seja, é impossível não se contagiar comigo, simples assim!
Sempre falta tempo para a família, mãe, irmãs, marido. Todos estão
habituados, pois eles me vendo feliz, estão felizes também.
Como sempre dizemos, fomos escolhidos. E eu, sem dúvida fui escolhida
e tenho muito orgulho de ser botafoguense gloriosa.
Alex sempre vai comigo aos jogos, o conheci em Cabo Frio pra variar estava com uma
camisa do Botafogo e a partir daí quase 17 anos uma parceria de amor e incentivo. Me
lembro de uma chuva torrente em Niterói na série B em 2003 fomos assistir Botafogo e
Palmeiras e a nossa capa de chuva cadê? Eu disse que não precisava comprar (lembra
Elisa dando muitas gargalhadas). Ficamos ilhados, ele perdeu um tênis e eu fique sem
sandália, cheguei em casa às 3 da manhã. Eu só pensava será que ele vai continuar
comigo?
"Hoje eu tento me policiar para o tempo em família e ir aos jogos. Olha, difícil em!"
"Tenho muito orgulho de ser uma botafoguense gloriosa"
Foto: Arquivo Pessoal

Maior decepção com a Estrela Solitária
Em 1988 pouco tempo depois que perdi meu pai, vi aquela decepção, o Botafogo perdeu
para o Vasco de goleada, na esperança de ver um título em memória ao meu pai, chorei
junto com aquela gandula, a Sonja hoje minha linda amiga, um exemplo de torcedora e
símbolo para o Botafogo.
Sem dúvida nenhuma a maior decepção, Botafogo x Juventude, pela decisão da Copa
do Brasil, no Maracanã. A torcida deu show! Tinha velhos, crianças, uma
coisa de louco, a rampa, as ruas em volta, era algo surreal de tão lindo. E por
uma burrice e covardia do nosso técnico, não conseguimos fazer o gol
salvador. O dia mais triste que vivenciei dentro de um estádio, uma
multidão voltando arrasada para casa e muitos voltando a pé, eu voltei a pé
para o Méier.
"Com tudo isso NUNCA, JAMAIS pensei em desistir do Glorioso. Nem com todo
ódio e raiva que ele ás vezes nos causa. O AMOR sempre será mais forte"
"O Amor pelo Botafogo sempre será mais forte"
Foto: Arquivo Pessoal

Jogos inesquecíveis
Eu fiz diversas viagens para ver o Botafogo jogar, difícil escolher. Destaco o jogo em
que fomos garfados no Morumbi em 1981 contra o São Paulo, na semi final do
Campeonato Brasileiro, Mendonça fazendo uma partida brilhante.
Sem dúvida alguma, o jogo final da decisão do Campeonato Carioca de 1989. Pelo meu
pai primeiramente, pois sem dúvida ele estava lá no maracanã comigo, em espírito!
Ganhar um título após 21 anos, de ouvir muito parabéns pra você e em cima do seu
maior rival, onde o time deles era tratado como o maior favorito, não tem preço! Foi um
divisor de águas.
À partir dali, veio muitos outros títulos e nossa sede voltou para os nossos braços.
Na final da Conmebol de 93 fui a final, como estava muito atarefada no trabalho meu
amigo me buscou no seu fusquinha. Chegamos em cima da hora e nem lugar tínhamos
para estacionar, tivemos que deixar no gramado alto que tinha perto do Maracanã.
Estávamos ganhando de 2x1, mas como diz o ditado: "tem coisas que só acontecem com
o Botafogo"; O time do Peñarol empatou no fim, no momento dos pênaltis estava ao
lado de Willian Bacana que foi espetacular, um gigante. Comemoramos o título em
General Severiano.
Em 1995 como esquecer?
Fui aos dois jogos no Pacaembu e aqui no Maracanã, o Túlio sem dúvidas foi o melhor
jogador, irreverente sempre fez o melhor pelo Botafogo.
"E eu tive a honra de ver todos os títulos, tanto no Rio, como em São Paulo, Tanto
o Internacional no Maracanã, como o Nacional em São Paulo."

Ídolos
O Garrincha com certeza eu gostaria de ter visto, para ver ele brincar com os "manés"
do Urubu.
Mendonça, Paulinho Criciúma e Túlio, esses eu tive a honra de ver jogar e sou grata por
isso.


Elisa tietando Loco Abreu, Herrera e Mendonça
Foto: Arquivo Pessoal

Frequência aos estádios e Nilton Santos
Eu não tenho idéia de quantas vezes fui ao estádio, pois vou quase
sempre.Temos várias competições, e sinceramente, nunca contei, mas
sou figurinha carimbada. Só não vou quando meu trabalho, não permite.
Na inauguração do Estádio Nilton Santos, foi contra o Fluminense e com uma vitória
linda. Como sempre emocionada e chorei de ver, como nosso estádio é lindo.
Afinal, já tinha visto jogos em Marechal Hermes, Caio Martins, fiquei embasbacada e
feliz com a beleza do nosso estádio. Claro que agora, ele está muito mais, muito mais
bonito e fantástico.
Pena que é mal aproveitado, falta limpeza, telão e outras coisas a mais.
Sempre apoiando o Botafogo no Nilton Santos
Foto: Arquivo pessoal


Atual Gestão
É péssima em todos os sentidos! Trata o Botafogo, sem tesão, sem
atitude, sem ambição, com uma apatia e incompetência de assustar
qualquer um. Nada funciona, com o mínimo de competência. Mesmos
erros de gestões anteriores,com essa gestão conseguiu ficar ainda, gritante e pior.
Enfim, nada funciona com o mínimo de eficiência.
Rezo e torço, para os Irmãos Moreira Salles nos salvarem. Que separem
de verdade o futebol do social, e que nos dê um clube profissional, e que
entre nas competições para ser campeão e não para se contentar em
ficar no meio de tabela e ter jogadores que não joga nem em série X.
"Fui Sócia Proprietária durante muitos anos e também fiz o Sócio Torcedor
durante anos, a última vez que fui sócia, foi na gestão do saudoso Bebeto de
Freitas. Enquanto não tiver uma gestão responsável no clube eu não volto a ser
sócia. Continuo frequentando os jogos, vou sempre na Oeste inferior e pago valor
integral, acho esse setor o melhor para assistir os jogos do Glorioso."
Bate uma estrela no lugar do coração!
Foto: Arquivo pessoal

Sonho Alvinegro
Que o meu Botafogo tenha uma gestão profissional, com saneamento de todas as
dívidas, com receitas, patrocínios e parceiros de qualidade, para entrar em todas as
competições, para ganhar e ser campeão.

Ser botafoguense
Amar incondicionalmente só a instituição e a torcida.
Amar o Botafogo, sem o explorá-lo.
Amar sem ter criticas a torcida, pois todos estão do mesmo lado.
Amar sem colocar a sua vaidade acima do Botafogo ou da Torcida.
"Enfim, eu amo o Botafogo e sou sua súdita, pelo resto dos meus dias"
Elisa e Botafogo, a união com laços paternos e eternos
Foto: Arquivo Pessoal

Voltando no tempo
Se tivesse a oportunidade de contar ao meu pai sobre o Botafogo de 1988 até hoje, eu
diria: "Pai, muito obrigada por ter me mostrado o caminho da Estrela, hoje eu amo
muito mais o Botafogo que o Senhor, estou aprendendo a colocar a família como
prioridade como o senhor sempre fez. Vi nosso Glorioso ser campeão estadual em
cima do nosso maior rival, dois anos depois da sua partida , fiquei muito feliz e só
lembrava de como seria bom que estivesse lá, mais te senti bem pertinho. Anos
mais tarde a nossa sede de General Severiano voltou para nós, fomos campeões
internacionais pela primeira vez, através da Conmebol, nesse ano o time não era
tão brilhante, mais adivinha quem era o nosso técnico? O Capita, Carlos Alberto
Torres, o senhor viu jogar, lembra?
E finalmente um título no Campeonato Brasileiro, tinha um atacante que sei que o
senhor ficaria feliz em ver jogar, Tulio Maravilha! Depois disso tivemos decepções
e acredita que fomos a série B duas vezes e tivemos gestões ruins parecidas com a
do Charles Borer?
Nunca abandonei o nosso Glorioso em nenhum momento, hoje os donos do Itaú
querem salvar o Botafogo estamos na esperança de dias melhores. E acredite pai,
craques como o senhor viu jogar está difícil demais hoje em dia.
"Dedico essa biografia ao meu amado pai, minha mãe, irmãs, meu marido que me
atura até hoje e a nossa torcida maravilhosa.
Beijos ao meu pai José Martins, aonde quer que ele esteja.

Texto redigido por: Luciana Braga
Criação: Luciana Aleixo
Edição: Rafael Costa
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