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| Emoção total de Erik e dos reservas após o primeiro gol do Fogão Crédito: Globo Esporte |
A partida estava cercada de vários ingredientes especiais. O Botafogo ainda via a Zona do rebaixamento de perto a apenas 4 pontos de distância e tinha pela frente o maior rival ainda sonhando com a taça apesar do cheirinho de título estar cada vez mais distante. A diretoria do Botafogo manteve a promoção dos ingressos praticados contra o Corinthians como forma de incentivar o torcedor Botafoguense a apoiar a equipe, atitude que se mostrou acertada pois perto de 20 mil compareceram e apoiaram até o fim. A se destacar a gozação com o Rival numa faixa gigante que foi aberta no setor Leste Inferior lembrando o famoso jogo do senta de 1944 em que os Rubros Negros sentaram pra não tomarem mais gols!
Ao rolar a bola o Botafogo mostrou de imediato quem era o dono da casa e quem mandaria no jogo, apesar do time da Gávea ter a posse da Bola eles não conseguiam ameaçar a meta alvinegra. O Botafogo mantinha a marcação forte e o time compacto e quando tinha a bola a trabalhava bem e buscava uma transição rápida ao ataque e assim foi ganhando confiança e fazendo amadurecer o seu gol. E ele veio aos 18, numa bela enfiada no meio de campo de Léo Valência para Erik que ganhou na corrida da defesa adversária e com categoria chapou a bola no canto esquerdo do goleiro César. Explosão Botafoguense no Nilton Santos, 1x0 Fogão. O Rival sentiu o golpe, começou a se afobar e o Botafogo cresceu ainda mais na partida e o segundo gol naturalmente aconteceu e ele saiu do nosso melhor jogador em campo, o baixinho Léo Valência. A jogada se iniciou numa boa jogada de Gilson que foi parado com falta num empurrão de Pará ao lado da grande área. Léo Valência foi pra cobrança e colocou a bola direto na parede esquerda da rede, um belo gol e a vantagem se tornava maior pro Botafogo. O 2x0 era um prêmio a melhor equipe em campo. Aos 35 Brenner teve a chance de ampliar, mas chutou mal finalizando para fora. Dorival Junior vendo o seu time envolvido em campo já queimou uma substituição ainda no primeiro tempo lançando Diego, que em sua primeira jogada tomou um cartão amarelo após uma entrada dura. O jogo era truncado, pegado, com muitas faltas e cartões distribuídos pelo Juiz Braulio da Silva Machado e em um desses lances faltosos, Lucas Paquetá aplicou uma banda em Brenner que estava a sua frente o atrapalhando em pegar a bola, confusão formada entre os jogadores e no fim das contas o Juiz pipocou e mostrou apenas o Amarelo a Paquetá e ainda sobrou para Rodrigo Lindoso que também foi advertido com o Amarelo.
No segundo tempo naturalmente o rival sairia ainda mais pro jogo, pois somente a vitória o interessava. No primeiro minuto Lucas Paquetá, no lucro de não ter sido expulso, arriscou rasteiro de fora da área obrigando Gatito a espalmar a bola. Aos 3 não teve jeito, após cruzamento de Pará, Vitinho surgiu livre nas costas da zaga e cabeceou pro fundo da rede alvinegra. 2x1 e a vitória que até então era tranquila viu-se ameaçada. Aos 8 mais um susto, o ex-Botafoguense Vitinho bateu falta de média distância e a bola explodiu no travessão de Gatito. Parecia que o empate viria, mas a partir desse lance o Botafogo voltou a controlar o jogo e começou a perder gols. Aos 10 após uma trapalhada entre Léo Duarte e Rever a bola sobrou livre pra Léo Valência que chutou por cima. Aos 13 Erik voou no segundo pau e cabeceou para a boa defesa sem rebote do Goleiro. Aos 17 num rápido contra ataque Brenner demorou a finalizar e acabou chutando em cima da zaga e no rebote Matheus Fernandes deu uma furada daquelas. Aos 22 numa trapalhada agora da defesa alvinegra, Paquetá emendou de meia bicicleta para fora e aos 33 teve mais uma chance numa cabeçada também para fora. O Botafogo tinha o controle da partida e não rifava a bola, saia sempre tocando e procurando a melhor jogada. Dorival Júnior abriu ainda mais o seu time na esperança de vencer a partida o que se mostrou ineficaz. Zé Ricardo sacou Gilson e colocou Moisés e entrou com Pimpão no lugar de Luiz Fernando. Aos 38 numa jogada dos dois que entraram quase sai o terceiro, Moisés rolou pra Pimpão que chutou colocado tirando de Cesar porém num pecado a bola explodiu no travessão, seria um belo gol para sacramentar a vitória. A partir dai até o final da partida o Fogão jogou com muita inteligência e frieza, prendendo a bola no campo de ataque, sofrendo faltas, gastando tempo e vendo o adversário sem forças pra empatar. Aos 47 Erik ainda teve a ultima chance num contra ataque pela direita em que ele foi conduzindo a bola até entrar na área e acabou finalizando em cima do goleiro. Mas já não havia tempo para mais nada, aos 50 o juiz ergueu o Braço e o Fogão venceu. Festa em preto e branco nas arquibancadas, Zona do rebaixamento deixada a anos luz para trás, chegamos aos 41 pontos e a primeira página num surpreendente décimo lugar e para massagear o ego e lavar a alma jogamos a pá de cal no sonho de título do time do aterro, acabamos com o cheirinho do Urubu em 2018 eliminando-o no carioca e também a chance de caneco deles no Brasileirão. Comemore torcedor Botafoguense, coloque sua camisa, mostre sua paixão, assim como o time demonstrou em campo a grandeza desse clube, demonstre nas ruas desse Rio de Janeiro, nas ruas desse Brasil, afinal o Botafogo não é moda, o Botafogo é Tradição.
Rafael Costa
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